Feedback Negativo: 13 Maneiras Em Que Justificamos, Racionalizamos ou Ignoramos

Todo mundo adora feedback… desde que seja positivo. Mas a maioria de nós detesta tanto o feedback negativo que até mudamos o nome dele – não é feedback negativo, é construtivo.

Ainda assim, é um presente valioso e insubstituível.

Precisamos saber quando estamos fazendo coisas que não acontecem da maneira que planejamos. Quando o nosso impacto se desvia da nossa intenção. E a melhor – e muitas vezes a única – maneira de descobrir essa lacuna é através do feedback.

Dito isto, as chances são de você lutar contra isso.

Não nos sentimos bem quando nos dizem que erramos o alvo. E, como o feedback muitas vezes revela nossos pontos cegos, é especialmente chocante porque, em muitos casos, pensamos que estávamos fazendo um bom trabalho. Portanto, não concordamos imediatamente ou intuitivamente com a validade disso (tendemos a não acreditar em coisas que nós mesmos não podemos ver).

Isto é especialmente verdade para os líderes que, por causa do poder e da hierarquia, muitas vezes não são informados sobre toda a verdade.

Portanto, não é incomum que nós líderes fiquemos na defensiva quando ouvimos críticas sobre nossa liderança. Não se encaixa com a história que contamos para nós mesmos.

Para entender melhor essa questão, pedi à pessoa com quem trabalhei mais de perto para me dar um feedback negativo, para expor um dos meus pontos cegos.

Eu respirei e me preparei. Eu queria ir devagar e perceber tudo o que acontecia na minha mente e no meu corpo.

“Você trabalha muito duro”, disse ela. Como crítica, isso soou gentil demais.

Ainda assim, aqui está o que aconteceu:

Isso é um elogio, pensei, não uma crítica. Ela estava tentando me dizer que estou agindo de maneiras que são insustentáveis para mim e para a organização, mas minha resposta protetora foi o orgulho.

Esse pensamento foi rapidamente seguido por outro: ela não trabalha duro o suficiente! Desvalorizei o feedback dela ao invalidá-la. Não é que ela seja perspicaz, meu ego decidiu, é que a barra dela não é alta o bastante.

E depois outro pensamento: tenho que trabalhar tanto porque o negócio depende de mim. Eu arranjei desculpas para justificar o porquê de eu agir do jeito que eu ajo. Em outras palavras, com certeza eu trabalho demais, mas não é minha culpa.

Enquanto isso, senti uma sensação de esquisito no abdomen e pude sentir a vulnerabilidade de não ser perfeito. Foi sutil, mas definitivamente uma experiência sentida. Uma reação física, uma sensação de que algo não estava certo.

Como um coach executivo que ajuda pessoas bem-sucedidas a se tornarem grandes líderes e criar equipes mais eficazes, geralmente estou em posição de dar feedback às pessoas que é difícil de ouvir.

Enquanto eu pensava sobre minha reação, bem como sobre as reações que frequentemente ouço de clientes, comecei a listar as coisas comuns que dizemos (ou pensamos) quando ouvimos feedback negativo para nos defender de novas informações que ameaçam a maneira como nos vemos:

  • Se fazer de Vítima: “Sim, é verdade, mas não é minha culpa”.
  • Se orgulhar: “Sim, isso é verdade, mas é uma coisa boa”.
  • Minimizar: “Realmente isso não é nada demais.”
  • Negar: “Eu não faço isso!”
  • Evitar: “Eu não preciso desse trabalho!”
  • Culpar: “O problema são as pessoas ao meu redor. Eu contrato mal.
  • Contra-atacar: “Há muitos exemplos de mim agindo de forma diferente”.
  • Atacar: “Eu posso ter feito isso (coisa horrível), mas você fez isso (outra coisa horrível).”
  • Negar: “Você realmente não sabe nada sobre X.”
  • Desviar: “Esse não é o problema real”.
  • Invalidar: “Eu perguntei a outras pessoas e ninguém concorda com o feedback.”
  • Piada: “Eu nunca soube que era tão idiota”.
  • Exagerar: “Isso é terrível, eu sou realmente horrível.”

Se você perceber que está dizendo ou pensando em alguma das situações acima, é um sinal claro de que seu ego está atrapalhando um aprendizado importante.

Muito tem sido escrito sobre como receber bem feedbacks, algumas delas bem diferenciadas. Mas uma vez que o nosso ego esteja envolvido, e sentimos a carga emocional, é difícil acessar detalhes. O que precisamos é uma resposta padrão simples e confiável:

“Eu realmente aprecio você tomando o tempo e o esforço para me dizer. Gratidão.”

Não é assim que você gostaria que alguém respondesse depois que você lhes desse um presente? Aceite o presente (neste caso, isso significa ouvir) e depois diga “gratidão”. É isso.

Essa resposta comunica às pessoas que é seguro oferecer feedback a você e vai ser muito mais provável que elas falem diretamente com você, em vez de ficarem atrás das suas costas.

Há também um benefício adicional quase mágico para essa resposta simples e indefesa: ela aumenta drasticamente sua capacidade de receber o feedback. Quando você para de se defender contra isso externamente, você realmente pára de se defender disso internamente também.

Depois que minha colega me disse: “Você trabalha demais” e observei silenciosamente todas as minhas próprias reações defensivas, segui meu próprio conselho. “Eu realmente aprecio você tomando o tempo e o esforço para me dizer”, eu disse. “Gratidão.”

O resultado? Ela me agradeceu por receber tão bem o feedback e eu realmente comecei a colocar menos pressão sobre mim e os outros.

Talvez seja por isso que eles chamam de feedback construtivo depois de tudo.

Artigo Traduzido da Harvard Business Review. Fonte original: https://hbr.org/2019/02/13-ways-we-justify-rationalize-or-ignore-negative-feedback

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